domingo, 27 de outubro de 2013

Empresa do PA paga indenização de R$ 6,6 milhões por trabalho escravo


É a maior condenação pela prática em todo o Brasil, diz juiz do trabalho.
Advogada da agropecuária diz que houve consenso para pagamento.

Do G1 PA

A Justiça Federal do Trabalho de Marabá, no sudeste do Pará, multou a empresa Lima Araújo Agropecuária em R$ 6,6 milhões por prática de trabalho escravo. Segundo o juiz Jonatas dos Santos Andrade, esta foi a maior condenação trabalhista do país por conta de funcionários mantidos em regime de escravidão.
A fiscalização nas fazendas Estrela de Alagoas e Estrela de Maceió, localizadas no município de Piçarra, sudeste do Pará, entre os anos de 1998 e 2002. 180 trabalhadores mantidos em condições precárias foram resgatados das fazendas, e agora estas pessoas estão recebendo as indenizações.
"É a maior condenação por trabalho escravo do Brasil, resultando em acordo que significa que já há o pagamento desta indenização. Até então era apenas a condenação, mas evoluímos para a solução desta dívida", conta o juiz.
A empresa já depoisitou a primeira das seis parcelas anuais de R$ 1,1 milhão, e teve os bens e contas desbloqueados pela Justiça do Trabalho. "Ela buscou a Justiça do Trabalho, e reuniram várias vezes para tentar chegar a um consenso do que seria este valor, porque já se passaram muitos anos", disse Claudia Maria Gomes, advogada da empresa.
Segundo Jonatas Andrade, as açõesde combate a escravidão já mostra resultados no Pará, embora a prática ainda seja identificada no estado. "Do ponto de vista prático, percebemos que não há libertação de grande número de pessoas, centena de trabalhadores, como havia em tempo recente. Atualmente essas libertações são pulverizadas em grupos menores", ressalta
.

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