terça-feira, 29 de outubro de 2013

CPI começa trabalho com vistorias à Caema



Clima chegou a ficar tenso no início, mas diretor Alberto
Santos acabou recebendo os vereadores

Imperatriz – Os vereadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada pela Câmara Municipal de Imperatriz, para apurar a falta de investimentos e os serviços prestados pela Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) começaram nessa terça-feira (29) os trabalhos de vistorias às instalações do órgão.
Durante visita ao escritório regional da Caema, o diretor Alberto Santos, negou o acesso dos parlamentares às dependências do órgão, localizado na Avenida Getúlio Vargas, no Centro. O objetivo dos membros da CPI da Caema era conhecer a estrutura do prédio administrativo da empresa.
Alberto Santos justificou aos vereadores que teria, naquele mesmo horário, uma reunião marcada com o prefeito Sebastião Madeira, definindo para às 15h, visita à Estação de Tratamento de Água (ETA), no Parque do Buriti.
O vereador Aurélio Gomes (PT), relator da CPI, desaprovou a atitude do diretor da Caema, Alberto Santos, e observou que a Comissão tem poder de Justiça, podendo entrar nas dependências do órgão sem a necessidade de agendamento prévio. “Se for preciso acionaremos a força policial para que o trabalho da CPI não seja obstruído”, disparou.
“Nós, neste primeiro momento, não estamos sendo bem recebidos pela direção da Caema, porém manteremos o diálogo para que possamos iniciar o trabalho de vistoria na estatal, principalmente conhecer toda estrutura do órgão em Imperatriz”, disse ele, que lamentou o episódio ocorrido na recepção da Caema.
O vereador Fidelis Uchoa (PRB), membro da CPI da Caema, comentou que o trabalho inicialmente é de verificar as instalações do órgão, conversar com funcionários e observar deficiências da Companhia. “Nós acabamos sendo impedido, logo no começo de realizar nosso trabalho, mas acabamos dialogando com o diretor Alberto Santos que agendou uma visita técnica”, disse.
O presidente da CPI da Caema, Carlos Hermes (PCdo B),  disse que o diretor da Caema alegou que não poderia atender os vereadores membros da Comissão por que teria uma reunião com o prefeito Madeira. “Nós dissemos que a CPI não pode se adequar a agenda dele (Alberto Santos), pois a comissão tem uma agenda própria, sendo que, os órgãos investigados é que precisam se adequar a agenda da CPI”, asseverou.
Em seguida, o diretor Alberto Sousa decidiu que receberia a comissão de vereadores e agendou visita técnica, às 15h, para conhecimento do organograma da Caema, em Imperatriz.
Carlos Hermes rechaça vereador Zé Carlos
Em relação ao discurso do vereador José Carlos Soares Barros (PTB), o Zé Carlos, líder do Governo na Câmara, que alegou ter sido criada de forma errada a CPI da Caema, o vereador Carlos Hermes, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, declarou que “o colega demonstra desconhecimento do processo democrático, inclusive do Regimento Interno da Câmara Municipal de Imperatriz”.
“O regimento permite a criação de uma CPI com a aprovação de um terço dos vereadores votando a favor, pois tivemos 12 votos, sendo legitimada pela Câmara Municipal de Imperatriz, bem como a escolha dos membros foi realizada por meio de sorteio, de acordo com o regimento interno”, disse.
Carlos Hermes diz ainda que a escolha do presidente e do relator, respectivamente, foi realizada entre os cinco sorteados, conforme determina a legislação. “O vereador (Zé Carlos) precisa ler mais para conhecer mais, pois está tanto tempo na Casa de Leis que já teria ter mais conhecimento do processo”, concluiu.
Fotos: Divulgação


Vereadores da CPI durante visita ao escritório da Caema, em Imperatriz

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