quinta-feira, 29 de maio de 2014

FEIRA DO PESCADO POPULAR ACONTECE NESTE FIM DE SEMANA EM TUCURUÍ

Denis Aragão

Agorapress - Agência de Notícias
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A Secretaria de Pesca e Aquicultura do Pará (Sepaq) em parceria com a Secretaria Municipal Desenvolvimento Econômico e Sustentável, através do Departamento de Pesca e Aquicultura, realiza a partir desta sexta (30) a Feira do Pescado Popular.
O objetivo da Feira, que acontece até o próximo domingo (1 de junho) é dispor aos consumidores da cidade cerca de 3 toneladas de pescado e frutos do mar in natura a preços populares – o quilo do pescado será comercializado a partir de R$ 5,00.
Conforme José Cláudio Sassi, Diretor do Departamento de Pesca, serão três pontos de venda que serão montados para atender a população de todos os bairros da cidade e Vila permanente.
Os consumidores poderão comprar o pescado nos pontos de venda nas datas sempre das 8h às 14h.
Além dos peixes serão comercializados caranguejos vivos ao custo de R$1,70 a unidade ou três por R$5,00. Os peixes dos produtores locais também serão disponibilizados para a população que poderá comprar o Tambaqui ou a Tilápia por R$9,00 o quilo, além do Surubim e a Piabanha (Matrinxã) por R$11,00 o quilo.
Além de Tucuruí, a Sepaq tem parceria firmada com 26 municípios do interior para a realização da Feira do Pescado Popular e a Feira do Peixe Vivo.
Serviço
Feira do Pescado Popular
De 30 de maio a 1 de junho
30/5 - Praça da Bandeira (Centro)
Das 8h às 17h
3/5 - Praça da Igreja da Vila Permanente
8h às 14h
01/6 - Praça da Igreja da Vila Permanente
8h às 14h

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Caminhada chama atenção para a saúde mental e luta antimanicomial em Tucuruí

Denis Aragão





Uma grande caminhada para chamar a atenção da comunidade quanto a saúde mental e a luta antimanicomial no município de Tucuruí. A caminhada é uma iniciativa da  Secretaria Municipal de Saúde através do o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e faz parte da programação iniciada, na última segunda-feira, alusiva ao Dia Nacional de Luta Antimanicomial, que este ano terá como tema “No CAPS somos todos loucos uns pelos outros”. A iniciativa acontece até a próxima sexta-feira (23) e diversas atividades estão programadas.
A concentração aconteceu a partir das 7h30 no CAPS. De lá, amigos, convidados, usuários dos serviços de saúde mental, familiares e profissionais atuantes na área seguiram para a Praça do Rotary, onde aconteceram as apresentações. Cerca de 300 pessoas e participam da caminhada.
Durante a programação rodas de conversas sobre o tema, debates, distribuição de material informativo sobre o Centro, dentre outras atividades foram realizadas pelos profissionais de saúde.
Segundo Elayne Santos, psicóloga do CAPS, a intenção das atividades é chamar a atenção da população quanto ao que é feito no Centro e que visa inserir socialmente as pessoas acometidas pelas doenças mentais no município. “As discussões sobre o tema e o estímulo da consciência da sociedade são os principais objetivos e toda a população está convidada a participar”, esclarece.
O Dia Nacional de Luta Antimanicomial foi comemorado no último domingo (18) e celebra também 11 anos da Política de Saúde Mental adotada pelo Sistema Único de Saúde.
A data simboliza especialmente a reafirmação do direito do paciente a um tratamento público digno e integral, por meio da substituição dos hospitais psiquiátricos por serviços que ofereçam aos usuários autonomia, identidade e liberdade de expressão. 

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Tucuruí - Pará - Brasil

sábado, 10 de maio de 2014

Boechat é condenado por caluniar senador, que quer direito de resposta


    Publicado em Sexta, 09 Maio 2014 14:39
Por meio da decisão da juíza Aparecida Angélica Correa, da 1ª Vara Criminal do Fórum Regional de Pinheiros, em São Paulo, o âncora do 'Jornal da Band', Ricardo Boechat, foi condenado a seis meses e 16 dias de prisão por calúnia contra o senador Roberto Requião (PMDB-PR). O assunto foi pauta para o parlamentar nessa quinta-feira, 8, que discursou na tribuna do Senado.
-----boechatbandBoechat foi condenado por calúnia (Imagem: Comunique-se)Em 2011, Requião tomou o gravador do jornalista da Rádio Bandeirantes, Victor Boyadjian. Na época, o político não gostou de ser questionado sobre "a aposentadoria que recebe como ex-governador do Estado do Paraná". Ele só devolveu o equipamento do profissional após deletar a entrevista. O caso foi comentado por Boechat na Bandnews FM, que acusou o senador de corrupção e nepotismo. Na TV, o apresentador, junto de Joelmir Beting, falou que a situação se tratava de um "ataque a liberdade de imprensa".
Nesta semana, ao ver a decisão, Requião aproveitou a oportunidade para falar sobre o caso no plenário do Senado. “A juíza que prolatou a sentença tomou o cuidado de converter essa cana, essa prisão, merecida pelo Ricardo Boechat, em trabalho social. E eu quero louvar a juíza também por essa medida, por que, se conduzissem o Ricardo Boechat a uma penitenciária brasileira, seguramente ele sairia de lá pior do que entrou, por que lá existirão pessoas com comportamento pior do que o dele", disse. O político também defendeu o direito de resposta na legislação brasileira e afirmou que trocaria os meses de trabalho comunitário a que foi convertida a condenação do jornalista pelo benefício. 
Em contato com a Band, a emissora afirmou que vai recorrer da decisão. O Comunique-se tentou falar com Boechat, mas não teve sucesso.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Pacientes de outros estados lotam UTIs em Imperatriz


Vereadores discutem medidas para melhorar
o atendimento aos pacientes de Imperatriz

Imperatriz – A ocupação da maioria dos leitos de UTIs (Unidade de Tratamento Intensivo) é de pacientes oriundos de municípios dos estados do Tocantins e do Pará, observou o vereador Fidelis Uchoa (PRB) que solicita ao governo estadual a ampliação da oferta de vagas nos hospitais públicos e privados de Imperatriz. “Nós precisamos urgentemente, em parceria com a Promotoria de Justiça, de uma ação rápida para chamar a responsabilidade de cada estado”, disse.
Ele reconhece que Imperatriz, considerado polo macrorregional de alta complexidade, presta relevantes serviços na área da saúde pública a milhares de pacientes de vários municípios das regiões sudoeste do Maranhão, do norte do Tocantins e do sul do Pará. “Dói no coração da gente vê um hospital, como é o caso do Socorrão, com uma grande estrutura, mas lotado de pacientes de outros estados”, assinala.
Fidelis Uchoa classifica como grave o problema e diz que “pessoas estão morrendo por falta de vagas em UTI’s nos hospitais públicos de Imperatriz”. Ele citou, como exemplo, o episódio ocorrido recentemente com uma criança vítima de uma bala perdida que necessitava de um leito de UTI. “A criança veio a óbito”, lamentou.
A vereadora Caetana Frazão (PSDB) observou que, ainda na semana passada esteve no hospital Socorro, onde comunicou à direção da casa de saúde reclamação de um paciente que estava com mais de 24 horas aguardando para ser internado. “Fui convidada, assim como uma emissora de televisão, para que visitássemos várias enfermarias, fato que constatamos in loco superlotação, sendo que dos internados, apenas dez por cento eram de Imperatriz”, disse.
Ela contabilizou uma grande quantidade de pacientes dos municípios de Buriticupu, Açailândia, Grajaú e dos estados do Pará e do Tocantins. “De cada enfermaria que haviam seis pacientes, dois eram de Imperatriz”, observou ela, que compreendeu os motivos que o cidadão ficou por mais de 24 horas para conseguir um leito para ser internado.
Caetana afirma que pacientes de outros municípios “desembarcam” em vans próxima ao hospital Socorrão, fornecendo endereço de domicílio como sendo em Imperatriz. “É muito agravante esse caso, pois os imperatrizense estão ficando de fora, e não sei qual o procedimento legal”, disse.
Fidelis Uchoa conclamou o prefeito e a secretária de saúde para “que seja dado um basta nesta situação, pois muitas pessoas de Imperatriz estão morrendo, fato que não queremos menosprezar os pacientes de outros estados”.
A vereadora Terezinha Soares (PSDB) lembrou que um paciente, oriundo da cidade de Bacabal-MA, estava internado há 98 dias em uma UTI, em Imperatriz. “Entrei em contato com o prefeito de lá (Bacabal), mas o cara tem a cara limpa, respondeu que a obrigação é nossa de sustentar aqui, fato que consideramos um desacato com o povo de Imperatriz”, completa.
“A saúde é universal, direito de todos”, diz Pimentel

Em pronunciamento, o vereador Antônio Pimentel (DEM) esclareceu que “a saúde é universal, direito de todos os cidadãos”. “Se um paciente não consegue ser internado, recorre por meio da Justiça que expede mandado obrigando que o paciente seja internado, pois é um direito de todos”, comentou.
Pimentel assinala que Imperatriz é uma cidade polo em atendimento de saúde, embora entenda que pessoas de outras cidades acabam ocupando vagas que pacientes que residem no município. “Só acontecerá alguma mudança se mudar a lei, pois é um direito de todos”, finalizou. [Da Assessoria]

Fotos: Fábio Barbosa




Vereadores debatem superlotação de UTIs em hospitais de Imperatriz

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Imperatriz necessita de mais instituições que atendam aos portadores de necessidade especiais


A afirmação foi feita pelo vereador Marco Aurélio ao solicitar a criação de um centro integrado de reabilitação na cidade
Imperatriz - A criação de um centro integrado de reabilitação destinado aos portadores de necessidades especiais foi uma das indicações discutidas durante a sessão plenária desta quarta-feira (7).
A solicitação foi feita pelo vereador Marco Aurélio Azevedo (PC do B), depois de constatar que as instituições da cidade não conseguem atender a demanda, já que recebem pacientes de várias cidades da região, citando a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), que desenvolve seu trabalho com muitas dificuldades.
“Quando a família não consegue um atendimento necessário para o acompanhamento e desenvolvimento da pessoa portadora de necessidades especiais, em muitos casos, ela acaba sendo um fardo. Cada progresso, ainda que pequeno, na vida destas pessoas é um muito importante, e isso só é possível com atendimento especializado”.
Justificativa - Na proposta de criação do centro, foram enumerados alguns fatores que justificam a criação: a insuficiente oferta de serviços com estrutura e funcionamento adequados às pessoas com deficiência; o estímulo á implantação de rede de cuidados às pessoas com deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir de critérios de equidade e da integralidade, como papel de todos os órgãos públicos, inclusive municipais; a demanda por serviços especializados em reabilitações auditiva, física, intelectual, visual, ostomia e em múltiplas deficiências sejam elas temporárias ou permanentes.
Ainda segundo o vereador existem verbas federais para ampliação de instituições e em alguns casos de construção de novas unidades.  A indicação da criação de um centro de reabilitação, juntamente com o projeto da proposta, foi aprovada e encaminhada ao prefeito Sebastião Madeira e à secretária municipal de Desenvolvimento Social Miriam Reis Ribeiro.
Foto: Fábio Barbosa
Vereador Marco Aurélio (PC do B) usa a tribuna para defender a proposta de criação do centro de reabilitação aos portadores de necessidades especiais

Repórter: Mari Marconccine (assessoria)

ESTUDANTE DE TUCURUÍ É INTERNADO COM SUSPEITA DE H1N1


Marcos Vinicius foi internado na terça-feira (6) no Hospital Regional de Tucuruí (Foto Facebook)
Marcos Vinicius foi internado na terça-feira (6) no Hospital Regional de Tucuruí (Foto Facebook)
O estudante universitário Marcos Vinicius Sousa Lacerda, de 21 anos, morador do bairro do Mangal, em Tucuruí, sudeste do Pará, foi internado na manhã desta terça-feira (6), no Pronto Socorro do Hospital Regional de Tucuruí (HRT), com suspeita da infecção pelo vírus H1N1.
O cardiologista Daniel Pinheiro informou aos familiares que o paciente está com infecção grave dos pulmões. O médico solicitou exames especializados. O material será enviado a Belém, para o Laboratório Central da Sespa, sem data prevista para o resultado.
O universitário passou mal no final da tarde desta segunda-feira (5) quando estava em casa. Ele foi levado para atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), por volta das 21h. O médico plantonista examinou o paciente e teria  informado que não havia nada de erra com a saúde do universitário, que retornou para casa.
Durante toda a noite Marcos Vinicius passou dificuldades respiratórias e teve febre alta. A mãe do jovem, Eva Lacerda, levou novamente o universitário para a UPA e, ao chegar ao atendimento e ser examinado por outro médico, foi informada a necessidade urgente da internação.
O Diretor Técnico do Hospital, Péricles Pinheiro, esclareceu que a regulação do HRT já teria comunicado à direção da regulação da Sespa em Belém, solicitando a intervenção na liberação emergencial de um leito de UTI em um hospital da capital paraense.
Sespa se defende da acusação de falta de leitos
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou em nota, nesta quarta-feira (7), que o estudante Marcos Vinicius Sousa Lacerda terá acesso a um leito no Hospital Barros Barreto ao longo da semana.
Segundo a Sespa, o universitário, que está internado com suspeita de gripe H1N1, depende da liberação da Central de Leitos da Secretaria de Saúde de Belém (Sesma), conforme as regras previstas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Marcos Vinicius foi internado na terça-feira (6) no Hospital Regional de Tucuruí, sudeste paraense e precisa de transferência para a capital paraense. De acordo com profissionais do hospital de Tucuruí, o local não possui estrutura para atender o paciente, informação desmentida pela Sespa, que afirmou que o hospital apresenta condições para tratar de pacientes com Síndromes Respiratórias, como o H1N1.
A Sespa também informou que o recomendado para este tipo de caso é a internação na UTI, cuja regulação de leitos também é realizada pela Sesma na capital paraense.
Enquanto segue aguardando a transferência para Belém, o quadro de Marcos Vinicius pode estar piorando. De acordo com o médico Daniel Pinheiro, que atendeu o paciente, o jovem está com os dois pulmões infeccionados e a demora no atendimento provocou a umidificação dos órgãos, o que deixa o universitário sob risco de morte.
DOL com informações de Wellington Hugles
http://agorapressagnews.wordpress.com

terça-feira, 6 de maio de 2014

1964 - um testemunho




Um belo resumo da ópera... para comparar.

Fernão Lara Mesquita* - O Estado de S.Paulo
Para entender o que aconteceu em 64 é preciso lembrar o que era o mundo naquela época.
Um total de 30 países, parando na metade da Alemanha de hoje, havia sido engolido pela Rússia comunista por força militar. Invasão mesmo, que instalava um ditador que atuava sob ordens diretas de Moscou. Todos os que tentaram escapar, como a Hungria em 56, a Checoslováquia em 68, a Polônia em 80 e outros, sofreram novas invasões e massacres.
E tinha mais a China, o Vietnã, o Camboja, a Coreia do Norte, etc., na Ásia, onde houve verdadeiros genocídios. Na África era Cuba que fazia o papel que os russos fizeram na Europa, invadindo países e instalando ditadores no poder.
As ditaduras comunistas, todas elas, fuzilavam sumariamente quem falasse contra esses ditadores. Não era preciso agir, bastava falar para morrer, ou nem isso. No Camboja um quarto de toda a população foi executado pelo ditador Pol Pot entre 1975 e 1979, sob os aplausos da esquerda internacional e da brasileira.
Os países onde não havia ditaduras como essas viviam sob ataques de grupos terroristas que as apoiavam e assassinavam e mutilavam pessoas a esmo detonando bombas em lugares públicos ou fuzilando gente desarmada nas ruas.
As correntes mais radicais da esquerda brasileira treinavam guerrilheiros em Cuba desde antes de 1964. Quando João Goulart subiu ao poder com a renúncia de Jânio Quadros, passaram a declarar abertamente que era nesse clube que queriam enfiar o Brasil.
64 foi um golpe de civis e militares brasileiros que lutaram na 2.ª Guerra Mundial e derrubaram a ditadura de Getúlio Vargas, para impedir que o ex-ministro do Trabalho de Vargas levasse o País para onde ele estava prometendo levá-lo, apesar de se ter tornado presidente por acaso. Tratava-se portanto, de evitar que o Brasil entrasse num funil do qual não havia volta, e por isso tanta gente boa entrou nessa luta e a maioria esmagadora do povo, na época, a apoiou.
A proposta do primeiro governo militar era só limpar a área da mistura de corrupção com ideologia que, aproveitando-se das liberdades democráticas, armava um golpe de dentro do sistema para extingui-las de uma vez por todas, e convocar novas eleições para devolver o poder aos civis.
Até outubro de 65, um ano e meio depois do golpe, seguindo o combinado, os militares tinham-se limitado a cassar o direito de eleger e de ser eleito, por dez anos, de 289 pessoas, incluindo 5 governadores, 11 prefeitos e 51 deputados acusados de corrupção mais que de esquerdismo.
Ninguém tinha sido preso, ninguém tinha sido fuzilado, ninguém tinha sido torturado. Os partidos políticos estavam funcionando, o Congresso estava aberto e houve eleições livres para governador e as presidenciais estavam marcadas para a data em que deveria terminar o mandato de Jânio Quadros.
O quadro só começou a mudar quando em outubro de 65, diante do resultado da eleição para governadores, o Ato Institucional n.º 2 (AI-2) extinguiu partidos, interferiu no Judiciário e tornou indireta a eleição para presidente. Foi nesse momento que o jornal O Estado de S. Paulo, que até então os apoiara, rompeu com os militares e passou a combatê-los.
Tudo isso aconteceu praticamente dentro de minha casa, porque meu pai, Ruy Mesquita, era um dos principais conspiradores civis, fato de que tenho o maior orgulho.
Antes mesmo da edição do AI-2, porém, a esquerda armada já havia matado dois: um civil, com uma bomba no Cine Bruni, no Rio, que feriu mais um monte de gente; e um militar numa emboscada no Paraná. E continuou matando depois dele.
Ainda assim, a barra só iria pesar mesmo a partir de dezembro de 68, com a edição do AI-5. Aí é que começaria a guerra. Mas os militares só aceitaram essa guerra depois do 19.º assassinato cometido pela esquerda armada.
Foi a esquerda armada, portanto, que deu o pretexto para a chamada "linha dura" militar tomar o poder e a ditadura durar 21 anos, tempo mais que suficiente para os trogloditas de ambos os lados começarem a gostar do que faziam quando puxavam gatilhos, acendiam pavios ou aplicavam choques elétricos.
A guerra é sempre o paraíso dos tarados e dos psicopatas e aqui não foi diferente.
No cômputo final, a esquerda armada matou 119 pessoas, a maioria das quais desarmada e que nada tinha que ver com a guerra dela; e os militares mataram 429 "guerrilheiros", segundo a esquerda, 362 "terroristas", segundo os próprios militares. O número e as qualificações verdadeiras devem estar em algum lugar no meio dessas diferenças.
Uma boa parte dos que caíram morreu atirando, de armas na mão; outra parte morreu na tortura, assassinada ou no fogo cruzado.
Está certo: não deveria morrer ninguém depois de rendido, e morreu. E assim como morreram culpados de crimes de sangue, morreram inocentes. Eu mesmo tive vários deles escondidos em nossa casa, até no meu quarto de dormir, e já jornalista contribuí para resgatar outros tantos. Mas isso é o que acontece em toda guerra, porque guerra é, exatamente, a suspensão completa da racionalidade e do respeito à dignidade humana.
O total de mortos pelos militares ao longo de todos aqueles 21 "anos de chumbo" corresponde mais ou menos ao que morre assassinado em pouco mais de dois dias e meio neste nosso Brasil "democrático" e "pacificado" de hoje, onde se matam 50 mil por ano.
Há, por enquanto, 40.300 pessoas vivendo de indenizações por conta do que elas ou seus parentes sofreram na ditadura, todas do lado da esquerda. Nenhum dos parentes dos 119 mortos pela esquerda armada, nem das centenas de feridos, recebeu nada desses R$ 3,4 bilhões que o Estado andou distribuindo.
Enfim, esse é o resumo dos fatos nas quantidades e na ordem exatas em que aconteceram, do que dou fé porque estava lá. E deixo registrado para os leitores que não viveram aqueles tempos compararem com o que andam vendo e ouvindo por aí e tirarem suas próprias conclusões sobre quanto desse barulho todo corresponde a sentimentos e intenções honestas.
*Fernão Lara Mesquita é jornalista. Escreve em www.vespeiro.com

Professores solicitam criação de comissão para diálogo junto ao executivo municipal


Os profissionais que estão em greve, pediram apoio dos vereadores em sessão plenária
Imperatriz - Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Imperatriz (STEEI) e demais professores municipais que estão em greve lotaram as dependências do auditório da Câmara Municipal. Durante a sessão desta terça-feira (6) foi lida na tribuna pelo vereador Raimundo Roma (PSL), correspondência enviada à casa, solicitando a organização de uma comissão formada por vereadores, sindicato e ministério público.
A comissão ficaria encarregada de fazer uma análise das folhas de pagamento dos professores do município e a verificação das possibilidades de repasse de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), para o ano de 2014 já que o motivo do não pagamento do mesmo é a insuficiência de recursos.
Greve - Cerca de 70% dos professores estão em greve desde o último dia cinco, conforme informações do sindicato da categoria. No documento enviado à câmara municipal estão registradas informações sobre os índices e valores dos recursos recebidos pelo município e repassados para a categoria provenientes do Fundeb. Segundo o sindicato os repasses não estão de acordo com o que está previsto na Constituição Brasileira e Ministério da Educação.
Os vereadores concordaram e apoiaram a necessidade da comissão, para que se tenha diálogo entre os servidores da educação e o executivo municipal. Neste sentido o vereador líder do governo José Carlos Barros (PTB), se comprometeu a marcar com o prefeito Sebastião Madeira a reunião para discussão, assim que a comissão for formada.

Audiência pública - Presentes também em plenário, representantes dos trabalhadores da antiga empresa Limp Fort, que detinha a concessão da limpeza urbana de Imperatriz.
Os trabalhadores solicitaram o agendamento de uma audiência pública através do vereador Weudson Feitosa (PT do B) para que sejam explicados os motivos do não recebimento dos seus salários, já que o dinheiro se encontra bloqueado na justiça. Eles solicitaram ainda apoio dos vereadores junto ao órgão, para que haja celeridade no processo. O vereador Marco Aurélio Azevedo (PC do B) reforçou o pedido de apoio à mesa diretora da casa, para juntos somarem forças em benefício dos trabalhadores.

Repórter: Mari Marconccine
Fotos: Fábio Barbosa
Professores em greve lotam o auditório da câmara municipal em busca do apoio dos vereadores

Trabalhadores da antiga Limp Fort solicitam agendamento de audiência pública 

Violência contra imprensa: Especialistas reclamam do preparo da polícia


     

A falta de preparo das polícias estaduais para atuar em manifestações foi apontada como a principal causa de violência contra profissionais de comunicação no Brasil. Durante reunião do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional nesta segunda-feira, 5, representantes de entidades empresariais e de trabalhadores registraram o crescente aumento do número de vítimas no Brasil.
Foram 50 em 2012 e, em 2013, o número foi quase três vezes maior: 136 casos, sendo que 67% foram relacionados às manifestações que ocorreram em locais públicos. Os convidados da audiência pública enfatizaram que não há propriamente uma intenção de atingir profissionais de comunicação, mas sim falta de treinamento para trabalhar em manifestações.
-------0-imprensaviolenciaEm 2013, Brasil registrou 136 casos de agressão contra profissionais da imprensa
(Imagem: Rodrigo Paiva/Estadão) 
O diretor-geral da Associação Brasileira de Empresas de Rádio e Televisão (Abert), Luis Roberto Antonik, que apresentou os dados na reunião, assinalou que a maioria das agressões que os profissionais sofrem vem dos policiais. “Não que os policiais façam isso por algum motivo ideológico ou raivoso. Eles fazem porque não têm o preparo devido."
Padronização das estatísticas
Antonik também chamou a atenção para a importância de treinamentos para os jornalistas, do aperfeiçoamento da legislação para reduzir a impunidade e da padronização das estatísticas para que a sociedade e os órgãos do governo tenham uma real dimensão das violações.
A vice-presidente da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), Maria José Braga, concordou que existe uma grande variação nos números sobre a violência contra os profissionais de comunicação.
A dirigente defendeu a criação, no âmbito da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, do Observatório Nacional da Violência contra Comunicadores para se ter uma exatidão desses dados. “Esse observatório também teria o papel de monitorar as investigações e os desdobramentos e aí seria, no nosso entendimento, um órgão fundamental para combater a impunidade”, disse.
Empregadores
As entidades de trabalhadores também cobraram mais responsabilidade por parte das empresas de comunicação. Maria José, que também é conselheira da Fenaj, acrescentou que, além da violência externa, os jornalistas ainda sofrem violência interna nas redações com pressões de seus próprios colegas que exercem função de chefe ou por parte de proprietários dos veículos de comunicação.
Comissões de segurança
Maria José Braga explicou que outra proposta da Fenaj para diminuir as agressões e assassinatos de jornalistas é a criação de comissões de segurança nas redações para avaliar os riscos de violência em cada cobertura jornalística, a necessidade das coberturas nessas situações, a proteção dos profissionais e as medidas para mitigar os riscos.
A comissão, explicou, garantiria seguro de vida especial para os profissionais em viagens de risco, solicitaria cursos de treinamento, equipamentos individuais de segurança e suporte operacional, conforme necessidade.
O grupo, disse a conselheira, ainda evitaria a pressão direta sobre as responsabilidades das coberturas de risco. "Não podemos excluir a responsabilidade das empresas de comunicação, que são empregadoras e que, portanto, são, sim, responsáveis pela segurança de seus profissionais. Por isso nós temos de chegar a um consenso e definir medidas que devem ser implementadas no âmbito das empresas para garantir a segurança dos profissionais."
Para o representante da Abert, as empresas já estão tomando essas providências com adoção de roupas e proteção específicas para situações de risco.
Respostas para violações
O secretário Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Marcello Barros de Oliveira, ressaltou que quem perde com esse tipo de violência é a sociedade, que perde o direito de acesso à informação e afirmou que o ministério tem cobrado a atuação dos estados nas investigações e nas respostas para as violações. “O que a gente precisa é um olhar diferenciado e uma cobrança efetiva com relação à investigação de crime cometido contra o profissional de comunicação. Entendemos que quando esse profissional tem seu trabalho cerceado, quem perde é a sociedade”, ponderou.
Maria José ressaltou que a violência contra aos jornalistas consiste em um atentado à liberdade de expressão e afirmou que, somente por meio da atuação desses profissionais, fatos relevantes da nação são conhecidos pela sociedade.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

AUDIÊNCIA PÚBLICA DISCUTIRÁ A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO EM NOVO REPARTIMENTO

·  · em CIDADE. ·


Evento será no próximo dia 22, no auditório da prefeitura de Novo Repartimento
Evento será no próximo dia 22, no auditório da prefeitura de Novo Repartimento
O Ministério Público Federal (MPF), em parceria com o Ministério Público do Estado do Pará (MP/PA), realizará audiência pública para discutir a qualidade da educação básica no município de Novo Repartimento, sudeste do Estado. O evento ocorrerá no próximo dia 22, às 9h, no auditório da prefeitura do município (avenida Girassóis, quadra 25, nº 15, bairro Morumbi). O objetivo principal da audiência é apresentar à sociedade o projeto Ministério Público pela Educação (MPEduc) e inseri-la na discussão sobre o tema.
De acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), calculado pelo Ministério da Educação, a média do município está abaixo da média nacional. Nos últimos resultados do Ideb divulgados, nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano) Novo Repartimento atingiu apenas 3,8 pontos, enquanto a média nacional é de 5 pontos. Nos anos finais (6º ao 9º) do ensino fundamental, o Ideb de Novo Repartimento foi de 3,5 pontos, enquanto o Ideb nacional atingiu 4,1 pontos.
O Ideb é calculado com base no fluxo escolar (aprovação, reprovação e abandono) e na média de desempenho das avaliações de língua portuguesa e matemática obtidas na Prova Brasil (municípios) e no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Estados).
Cada escola, prefeitura e governo estadual tem uma meta que deve ser atingida de dois em dois anos. Novo Repartimento atingiu a meta do Ideb apenas para os anos iniciais do ensino fundamental. A meta era de 3,4 pontos. Para os anos finais do ensino fundamental, a meta do município era de 3,6 pontos. 
MPEduc
O Projeto Ministério Público pela Educação tem por objetivos: identificar os motivos do baixo índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb), acompanhar a execução das políticas públicas na área da educação, bem como a adequada destinação dos recursos públicos; verificar a existência e a efetividade dos conselhos sociais com atuação na área de educação; levar ao conhecimento do cidadão informações essenciais sobre seu direito a uma educação de qualidade, e sobre seu dever em contribuir para que esse serviço seja adequadamente ofertado. 
Em linhas gerais, o MPEduc está sendo realizado em três etapas: 1) diagnóstico das condições do serviço de educação ofertado pelas redes públicas de ensino básico; 2) apresentação de medidas corretivas aos Gestores Públicos; e 3) prestação de contas à sociedade das providências adotadas e dos resultados obtidos. 
A primeira fase consiste em colher informações sobre diversos aspectos das escolas (como alimentação, transporte, aspectos pedagógicos, inclusão, estrutura física e diretrizes pedagógicas), assim como sobre os próprios conselhos sociais (se cumprem a legislação, se possuem estrutura adequada, se fiscalizam as escolas periodicamente, etc.). Os conselhos abrangidos no projeto são dois: o Conselho de Alimentação Escolar (Cae) e o Conselho de Acompanhamento e Controle Social, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Cacs-Fundeb).
Essas informações são obtidas de três maneiras diferentes: 1) por meio do preenchimento eletrônico de questionários, disponibilizados no site http://mpeduc.mpf.mp.br, a serem respondidos por representantes das escolas e dos conselhos; 2) em audiências públicas com a participação da sociedade; e 3) em visitas a escolas, realizadas por membros do Ministério Público e dos conselhos, além de cidadãos interessados em participar do projeto.
As informações obtidas serão analisadas e convertidas em um diagnóstico da rede escolar. Com base nesse diagnóstico, o Ministério Público adotará as providências que entender necessárias para resolver os problemas de maior impacto. Ao final dos trabalhos, serão promovidas novas audiências públicas para informar à sociedade sobre todas as providências adotadas e os resultados obtidos.
No Estado
No Pará, o MPF e o MP/PA oficializaram no dia 7 de fevereiro deste ano a parceria para atuação no projeto. Cinco municípios serão inicialmente atendidos pelo MPEduc no Estado: Ananindeua, Belém, Magalhães Barata, Marabá e Novo Repartimento.
Serviço:
Evento: Audiência pública inicial do projeto MPEduc em Novo Repartimento (PA)
Data: 22 de maio
Horário: 9h
Local: Auditório da prefeitura de Novo Repartimento
Endereço: Avenida Girassóis, quadra 25, nº 15, bairro Morumbi – Novo Repartimento
Ministério Público Federal no Pará

domingo, 4 de maio de 2014

Repórter contrai dengue ao produzir matéria sobre surto da doença


     

Enquanto fazia uma matéria sobre o surto da dengue na Região Metropolitana de São Paulo, o repórter Marcelo Moreira, da Band, foi diagnosticado com o vírus. "Foi em uma reportagem em Taboão da Serra, o mosquito me picou. Metade do quarteirão está com a doença", disse o jornalista.

---------------denguerepMarcelo Moreira foi diagnosticado com dengue após reportar surto da doença (Imagem: Reprodução/Band)Durante participação no ‘Brasil Urgente’ dessa quarta-feira, 30, o repórter conversou com José Luiz Datena sobre a situação da cidade de São Paulo, que já acumula mais de 3.000 casos de dengue só em 2014. O número é maior do que em todo o ano passado, quando foram registrados 2.617 casos.

Moreira passou por uma bateria de exames no Hospital Metropolitano nessa quinta-feira, 1º. Essa é a terceira vez que ele contrai a doença. Mesmo após ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti, bairros da zona oeste da capital paulista, como Jaguaré, sustentam índices preocupantes. Em uma semana, 117 casos foram contabilizados e a localidade chegou a uma taxa de incidência de 1.010 casos por 100 mil habitantes.