sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

“É muito barato matar um jornalista”, diz presidente de federação internacional da área

Redação Comunique-se Em entrevista publicada na Folha de S. Paulo desta quinta-feira, 10, o presidente da Federação Internacional dos Jornalistas (IFJ), Jim Boumelha, comentou o número de jornalistas assassinados em 2012. A entidade divulgou um relatório com o nome dos 121 profissionais e com um ranking de países por caso. O Brasil ocupa a quinta posição, com seis mortes, à frente de países que passaram por guerras, como Iraque a Afeganistão. Jim Jim Boumelha, presidente da Federação Internacional dos Jornalistas (Imagem: Divulgação) No topo da lista estão Síria (35 casos) e Somália (18), que vivem conflitos armados. “As pessoas acham que a maioria das mortes acontece nas coberturas de guerra, mas a maior parte é fruto de perseguição a profissionais que estão fazendo reportagens nos lugares em que costumam trabalhar no seu dia a dia. Esta tem sido a melhor forma de silenciar um jornal ou interromper uma série de reportagens investigativas. Muitas vezes, os alvos não são famosos. Por isso, os crimes acontecem e muita gente nem se lembra dos nomes das vítimas”, diz Boumelha. No Brasil, as seis vítimas foram o jornalista Eduardo Carvalho, do Última Hora News (MS); Valério Luiz, da rádio Jornal 820 (GO); o blogueiro Décio Sá (MA); Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, do Jornal da Praça (MS); Mário Randolfo Marques Lopes, do "Vassouras na Net (RJ); e Laécio de Souza, da Sucesso FM (BA).
Jim Boumelha, presidente da Federação Internacional dos Jornalistas (Imagem: Divulgação) "É muito barato matar um jornalista hoje no mundo", continua Boumelha, falando da impunidade para crimes como estes. Para ele, os governos precisam atuar para impedir as mortes e Organização das Nações Unidas tem que tomar medidas para reforçar a segurança dos profissionais durante a cobertura de conflitos. Assassinato em 2013 O jornalista Renato Machado Gonçalves, de 41 anos, foi morto a tiros na noite dessa terça-feira, 8, em São João da Barra, no norte fluminense. Ele foi a primeira vítima do continente americano em 2013, segundo a organização Repórteres sem Fronteiras.

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