Quase
um ano após ter denunciado a morte de várias toneladas de peixes, na barragem
da Hidrelétrica de Estreito, o deputado Léo Cunha (PSC), ocupou a Tribuna da
Assembleia Legislativa, na manhã de terça-feira (06), para afirmar que o fato
voltou a ocorrer, no inicio do mês de janeiro.
Segundo
informações dadas por um site de noticias, pescadores dos municípios
localizados no entorno do Rio Tocantins, já estariam, inclusive, se organizando
para protestarem contra a mortandade dos peixes.
Ao
falar na Tribuna, o parlamentar, pediu que a presidente da Comissão do Meio
Ambiente, Deputada Eliziane Gama (PPS), cobre do CESTE - Consórcio Estreito
Energia - responsável pela construção de Hidrelétrica, informações sobre as
causas do fato ter voltado a ocorrer.
Quando
fez a denuncia pela primeira vez, em abril do ano passado, Léo Cunha era o
presidente da Comissão do Meio Ambiente. Na época, a Assembleia, realizou, a
pedido dele, uma audiência pública, em Estreito, onde foram ouvidos os
pescadores, os representantes do Ministério Público, IBAMA e ambientalistas. Porém
os representantes do Consórcio não compareceram.
Como
resultado da audiência publica, ficou evidenciado o descumprimento de Licença
de Instalação e de operação de UHE, especialmente, no que se refere ao Programa
de Conservação dos peixes e, mais especificamente, ás ações de resgate desses
animais durante a fase de teste das suas unidades geradoras de energia.
Ao repetir a denúncia, na terça-feira, o deputado
enfatizou que a morte dos peixes ocorre, justamente,
no período da piracema, época em que os peixes nadam em direção à nascente do
rio para a desova. O que torna o fato ainda mais grave.
“Não
podemos ficar de braços cruzados assistindo a esse crime ambiental, precisamos
nos movimentar novamente e cobrar do Ministério Público, IBAMA e demais órgãos
competentes, providências com relação a esse fato,” disse.
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