domingo, 19 de maio de 2013

Chegou a hora


AD: Rejane Cunha Ferreira

Município: Estreito (MA)

“Nada neste mundo é tão poderoso como uma ideia cuja oportunidade chegou.”
Victor Hugo
(1802-1886)

"Fomos o último Município a ser chamado e o primeiro a implementar a Lei, com a nota mais alta do Estado", diz Rejane.
“Fomos o último Município a ser chamado e o primeiro a implementar a Lei, com a nota mais alta do Estado”, diz Rejane.
Natural de Belém do Pará, Rejane Cunha Ferreira vive há 23 anos em Estreito do Maranhão, onde se instalou um ano antes de nascer o filho Gianinni Cunha Rogalski, hoje estudante de Medicina. Sua vida de Agente de Desenvolvimento começou aos 40, pois ela foi chamada para a função na data de seu aniversário, em 23 de maio de 2012.
“No próximo dia 23, faço 41 anos de idade e um ano de Agente de Desenvolvimento, uma comemoração em dobro, pois amo minha idade e o que faço”, diz Rejane, que descreve Estreito como um lugar “lindo com praças floridas e um povo acolhedor”.Conhecido por sediar a construção da Usina Hidroelétrica de Estreito, o Município tem seu forte na pecuária mas decidiu expandir o empreendedorismo. “Fomos chamados a implementar a Lei Geral em 2012, sendo o último Município a ser chamado e o primeiro a implementar a Lei e com a nota mais alta do Estado nos requisitos de implementação da lei”, celebra Rejane, grata à atuação de Osvaldo Costa (presidente da CPL ‒ Comissão Permanente de Licitação), Gean Cordeiro (à época diretor de tributos), Augusto Bento Serra (consultor da Lei Geral), Danilo Lisboa Borges (gerente regional Sebrae Imperatriz) e Cristiane Correa Silva (Sebrae São Luís).
Em reunião, com o prefeito Cicero Neco Morais (centro), o secretário de Administração (à dir. do prefeito), Cássio Batista, o presidente da CPL, Osvaldo Costa, a diretora de Compras, Cinara Alessandra Matos, o diretor de Tribudos, Anderson Pereira, e o advogado Eduardo Freitas Cardoso
Em reunião, com o prefeito Cicero Neco Morais (centro), o secretário de Administração, Cássio Batista (à dir. do prefeito), o presidente da CPL, Osvaldo Costa, a diretora de Compras, Cinara Alessandra Matos, o diretor de Tributos, Anderson Pereira, e o advogado Eduardo Freitas Cardoso
Ela destaca também o prefeito Cicero Neco Morais, “um homem empreendedor, que trouxe essa visão para o setor público, apoia a Lei Geral e acredita que o empreendedorismo pode mudar a cara do país e de nossos municípios e que para isso o apoio às MPEs e ao MEI é imprescindível”, e agradece ainda ao secretário de Administração, Cássio Batista, por seu apoio à Sala do Empreendedor.
Logo em seguida à implementação da lei, em setembro foi inaugurada a Sala do Empreendedor. Ela fica bem à vista de quem chega à prefeitura, para melhor acesso dos empreendedores e perto dos setores com os quais Rejane tem de estar sempre em contato, tais como o Gabinete do Prefeito, a CPL, o Jurídico e o Setor de Compras e Tributos.
Turma do Empretec
Turma do Empretec
Depois da inauguração da sala, já houve duas turmas de Empretec, uma em novembro e a outra entre 22 e 26 de abril. Rejane acrescenta à lista dois projetos com o acompanhamento do Sebrae aos empreendedores: o Varejo (três anos) e o Serviço de Beleza destinado às cabeleireiras (quatro anos). E em 15 de maio começa a primeira turma do Sebrae Mais. “Acreditamos que as empresas ficam mais fortes quando investimos em gestão”, resume Rejane. Para adequar os editais à Lei Geral 123/2006 e à Lei Geral Municipal 009/2010, houve capacitação dos funcionários sobre as compras governamentais. Já são 252 empreendedores individuais formalizados.
Em 9 de maio, será lançada uma grande campanha de formalização dos empreendedores individuais, em parceria com o Sebrae, como parte das comemorações da cidade ‒ sim, também Estreito está de aniversário em maio, no dia 12. Neste mês repleto de atividades, empresários vão aprender a participar das licitações.
“Agora eu sei o quanto é importante o desenvolvimento local”, conta Rejane. “Eu não tinha essa visão, embora trabalhe na prefeitura desde 1997 e tenha passado pela CPL.”
O resultado é a transformação de vidas nas mais diferentes atividades econômicas. No ramo hortigranjeiro, por exemplo, há profissionais que deixaram de engatinhar nos negócios e, guiados pela Sala do Empreendedor, avançam cada vez mais firmes com as próprias pernas.
Dalmario diz que, antes de ser orientado por Rejane, "trabalhava sem organização"
Dalmario diz que, antes de ser orientado por Rejane, “trabalhava sem organização”
É o caso de Dalmario Moraes Santos, dono de uma banca de frutas e verduras satisfeito em ter sido atendido por Rejane. “Ela nos recebeu muito bem e se prontificou a tirar todas as dúvidas”, lembra. “O que mudou: como agora trabalho legalizado, tenho alguns direitos que não tinha e dei o primeiro passo para o crescimento.”
Antes, Dalmario trabalhava “sem organização”. Agora, ele leva a contabilidade a sério, para saber quanto pode comprar por mês. “O meu próximo passo é deixar de ser microempreendedor individual e passar a ser microempresário”, projeta Dalmario, cuja banca é no centro desse Município de 35.835 habitantes, situado na divisa com Tocantins e a 700 quilômetros da Capital, São Luís. “Tenho vontade de fazer cursos e me preparar melhor para o dia a dia do comércio.”
Entre o consultor Augusto Bento Serra (esq.) e o gerente da regional Imperatriz do Sebrae, Danilo Lisboa Borges
Ao lado do consultor Augusto Bento Serra (a sua direita), Rejane agradece ao apoio do gerente da regional Imperatriz do Sebrae, Danilo Lisboa Borges
Até chegar a essa afirmação, foi um caminho com muitas voltas e escolhas. Há dois anos trabalha com frutas e verduras. Antes, tinha uma mercearia, mas a vendeu porque considerava seu capital pequeno demais: “Eu tinha uns R$ 50 mil investidos e precisava do dobro. Vi que em outro negócio, com menor capital, eu podia girar mais”. No currículo, ainda teve uma fase ao volante do transporte escolar e outra na direção de um caminhão.
Até que encontrou em seu caminho a agente de desenvolvimento Rejane, uma discípula de Victor Hugo que acreditou em uma frase do pensador e fez questão de citá-la ao alto deste texto. Mais do que isso, ela procura tirá-la do papel. “Agradeço a Deus, por minhas conquistas e vitórias, pois sem ele eu não seria nada, e à minha família e amigos que sempre estiveram comigo em minha caminhada”, completa Rejane.

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