
Dissitente cubana teria se rendido ao dinheiro, diz dossiê (Imagem: Reprodução/Veja)
Veja afirma que os presentes receberam um CD, “com capa diferente, provavelmente para identificar um eventual vazamento”. Tratava-se de um dossiê com informações que contribuiriam para a campanha contra a blogueira cubana. A matéria cita que, incomodados por não poderem divulgar a origem das acusações contra Yoani, “alguns militantes preferiram abandonar a reunião ainda no começo”. A publicação da Editora Abril revela que o dossiê tem 235 páginas e contém artigos publicados sobre a blogueira, fotos e "sórdidas montagens com insinuações de que ela teria se rendido ao dinheiro porque bebe cerveja, come banana e vai à praia".
Funcionário do Planalto
O assessor do ministro Gilberto Carvalho, Ricardo Poppi Martins, esteve presente no encontro agendado pelo embaixador. “Estava em pleno horário de expediente quando foi chamado a participar da conspiração na embaixada cubana”. Veja diz que ele viajou para Havana no dia seguinte para ir a um encontro sobre “novas formas de comunicação de rede e batalhas políticas”.
Durante a apuração, a revista procurou Poppi, mas ele não foi encontrado. A Secretaria-Geral da Presidência informou que desconhece sua participação na reunião com o embaixador, mas confirma que o servidor esteve na representação cubana no dia 6 de fevereiro para falar sobre a viagem que faria à capital do país comunista. O conselheiro político da embaixada cubana, Rafael Hidalgo, negou que tenha havido qualquer tipo de encontro conspiratório. “Não, não, não. Não aconteceu nenhuma reunião nesse sentido [ataques contra Yoani]”.
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