Clima chegou a ficar tenso no início, mas
diretor Alberto
Santos acabou recebendo os vereadores
Imperatriz – Os vereadores da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI), criada pela Câmara Municipal de Imperatriz, para
apurar a falta de investimentos e os serviços prestados pela Companhia de
Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) começaram nessa terça-feira (29) os
trabalhos de vistorias às instalações do órgão.
Durante visita
ao escritório regional da Caema, o diretor Alberto Santos, negou o acesso dos
parlamentares às dependências do órgão, localizado na Avenida Getúlio Vargas,
no Centro. O objetivo dos membros da CPI da Caema era conhecer a estrutura do
prédio administrativo da empresa.
Alberto Santos
justificou aos vereadores que teria, naquele mesmo horário, uma reunião marcada
com o prefeito Sebastião Madeira, definindo para às 15h, visita à Estação de
Tratamento de Água (ETA), no Parque do Buriti.
O vereador
Aurélio Gomes (PT), relator da CPI, desaprovou a atitude do diretor da Caema,
Alberto Santos, e observou que a Comissão tem poder de Justiça, podendo entrar
nas dependências do órgão sem a necessidade de agendamento prévio. “Se for
preciso acionaremos a força policial para que o trabalho da CPI não seja obstruído”,
disparou.
“Nós, neste
primeiro momento, não estamos sendo bem recebidos pela direção da Caema, porém
manteremos o diálogo para que possamos iniciar o trabalho de vistoria na
estatal, principalmente conhecer toda estrutura do órgão em Imperatriz”, disse
ele, que lamentou o episódio ocorrido na recepção da Caema.
O vereador
Fidelis Uchoa (PRB), membro da CPI da Caema, comentou que o trabalho
inicialmente é de verificar as instalações do órgão, conversar com funcionários
e observar deficiências da Companhia. “Nós acabamos sendo impedido, logo no
começo de realizar nosso trabalho, mas acabamos dialogando com o diretor
Alberto Santos que agendou uma visita técnica”, disse.
O presidente da
CPI da Caema, Carlos Hermes (PCdo B), disse que o diretor da Caema alegou que não
poderia atender os vereadores membros da Comissão por que teria uma reunião com
o prefeito Madeira. “Nós dissemos que a CPI não pode se adequar a agenda dele
(Alberto Santos), pois a comissão tem uma agenda própria, sendo que, os órgãos
investigados é que precisam se adequar a agenda da CPI”, asseverou.
Em seguida, o
diretor Alberto Sousa decidiu que receberia a comissão de vereadores e agendou
visita técnica, às 15h, para conhecimento do organograma da Caema, em
Imperatriz.
Carlos Hermes rechaça vereador Zé Carlos
Em relação ao
discurso do vereador José Carlos Soares Barros (PTB), o Zé Carlos, líder do
Governo na Câmara, que alegou ter sido criada de forma errada a CPI da Caema, o
vereador Carlos Hermes, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito,
declarou que “o colega demonstra desconhecimento do processo democrático,
inclusive do Regimento Interno da Câmara Municipal de Imperatriz”.
“O regimento
permite a criação de uma CPI com a aprovação de um terço dos vereadores votando
a favor, pois tivemos 12 votos, sendo legitimada pela Câmara Municipal de
Imperatriz, bem como a escolha dos membros foi realizada por meio de sorteio,
de acordo com o regimento interno”, disse.
Carlos Hermes
diz ainda que a escolha do presidente e do relator, respectivamente, foi
realizada entre os cinco sorteados, conforme determina a legislação. “O
vereador (Zé Carlos) precisa ler mais para conhecer mais, pois está tanto tempo
na Casa de Leis que já teria ter mais conhecimento do processo”, concluiu.
Fotos: Divulgação
Vereadores da
CPI durante visita ao escritório da Caema, em Imperatriz
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