O
lago da Usina Hidrelétrica Estreito (UHE Estreito) tornou-se um novo
potencial turístico para os moradores dos municípios lindeiros ao
reservatório. Tem sido cada vez mais comum uma ida às praias
permanentes, passeios de lancha e jet ski, pescarias com amigos e
mergulhos para se refrescar nos dias de calor, que nos meses mais
quentes do ano beira os 40 graus na Região Tocantina.
Se
antes, moradores de Estreito (MA), Darcinópolis, Babaçulândia, Barra do
Ouro, Filadélfia, Palmeiras do Tocantins e Palmeirante (TO) tinham
praias de temporada – nos meses de junho e julho – agora, eles a têm o
ano inteiro. Em cada um desses municípios, foi entregue às prefeituras
pelo Consórcio Estreito Energia - CESTE, empreendedor da Usina de
Estreito, uma grande estrutura formada por quiosques, banheiros
(inclusive para pessoas com dificuldade de locomoção), playground, palco
para shows, calçadas, quadra para esportes e tendas prontas para serem
usadas.
Por
conta disso, tem sido cena comum nas estradas que levam a esses
municípios, motoristas trazendo a reboque potentes lanchas e jet skis.
O advogado Richerson Barbosa Lima é um deles. Ele mora em Araguaína
(TO) e tem aproveitado as tardes de sábado para junto com amigos e
familiares passear pelo lago formado pela UHE Estreito, no Rio
Tocantins, entre os estados do Maranhão e Tocantins.
“Aqui
está muito bom e organizado, com bons restaurantes e atendimento. Por
essa razão estamos sempre vindo pra cá. Temos a opção de ir para o rio
Araguaia (onde também se formam praias por temporada), mas como a praia
de Babaçulândia é mais próxima e oferece tanto o quanto, é melhor vir
pra cá. Com certeza, a formação do lago está sendo muito positiva para a
cidade”, afirma Richerson Lima.
A
opinião é compartilhada pelo Defensor Público, Hildebrando Carneiro.
“Fazia algum tempo que não vinha a Babaçulândia e fiquei surpreso com o
que vi. A cidade mudou muito, tem uma orla bonita, praia boa e creio que
hoje é um pólo de desenvolvimento turístico muito importante”,
assegura.
Outra
importante ação em implementação pelo CESTE, como apoio ao
desenvolvimento do turismo, é o Plano de Marketing de Turismo Regional.
“A partir das diretrizes desse plano, vamos fortalecer a imagem da
região, como pólo turístico”, assegura a Diretora de Socioeconomia do
CESTE, Norma Villela. Ela ressalta que a formação do lago da Usina de
Estreito não interferiu em nada nas cachoeiras da região, que compõem os
principais atrativos de parte dos municípios.
Em
Carolina (MA) é fácil constatar tal afirmação. A cidade maranhense é
conhecida como Paraíso das Águas, por conta das inúmeras cachoeiras
localizadas em sua proximidade, e que atrai turistas do mundo inteiro.
Ali, os banhos sob as quedas d’água continuam sendo mágicos e
restauradores.
A
turismóloga Fátima Matos, natural de Carolina, comenta que tem sido
cada vez maior o número de visitantes a esses paraísos naturais. “Tem
final de semana que são contados até 15 ônibus de turistas em um
atrativo, isso sem contar com os carros de passeio, o que nos provoca a
incrementar o atendimento em nossa cidade”, comenta. E acrescenta:
“Quanto à beleza cênica (cachoeiras do Itapecuru, do Rio Farinha, da
Pedra Caída), ela permanece intacta”, finaliza.
Geração de renda
Paralelo
ao progresso no turismo, novos empreendimentos foram surgindo. Um bom
exemplo é o restaurante Sabor do Lago. Localizado à beira do
reservatório, o local é bem frequentado todos os dias, especialmente nos
horários de almoço e jantar. “O movimento aqui é de domingo a domingo. O
enchimento do lago trouxe oportunidades pra cidade”, diz Elizângela
Pereira Cunha, proprietária. Satisfeita, ela destaca que mesmo após a
temporada de praia (nas férias de julho), o movimento não diminuiu.
Investimento na capacitação
Até
que todo esse cenário passasse a fazer parte da nova realidade dos
municípios, o CESTE proporcionou capacitações em áreas diversas, a fim
de preparar os prestadores de serviços para ofertar atendimento de
qualidade.
A
Colaboradora do CESTE, Daniella Brenny, conta que em parceria com o
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) foram ofertados cursos de
capacitação profissional em administração hoteleira, recepcionista de
hotéis e pousadas, atendimento e prática comercial/vendas,
empreendedorismo, piloto de barco, mecânico de motores e de manutenção
de embarcações de pequeno porte, guia de turismo, marketing turístico,
garçom, recreacionista, ajudante e chefe de cozinha. “Ao todo,
capacitamos exatos 590 profissionais para atuarem nessas áreas”, relata.
A
implantação do Plano de Marketing de Turismo Regional pelo CESTE
certamente fortalecerá a imagem da região como pólo turístico;
subsidiará a otimização do uso do patrimônio natural e
histórico-cultural existentes em termos turísticos, assim como de novos
atrativos, novos parques e praças junto às orlas e outros; contribuirá
para ampliar a oferta de postos de trabalho, renda e de negócios
associados à economia do turismo; para estimular e promover a melhoria
da qualidade da oferta de produtos e serviços turísticos e de lazer;
estimulará a iniciativa privada para que invistam em empreendimentos
comerciais e de serviços voltados ao lazer e turismo; e poderá apoiar
prefeituras dos municípios alcançados pelas obras da Usina de Estreito
para formulação de planos de desenvolvimento turístico.
Quem
chega à Babaçulândia, além das novas orla e praia, se depara com outra
novidade: o Banzeiro do Lago. Trata-se de um catamarã (tipo de
embarcação) doado pelo CESTE no âmbito do investimento social que o
Consórcio vem implementando na região, à Associação dos Barqueiros de
Babaçulândia, que também servirá para incrementar o turismo no
município. “Com ele, fazemos passeios pelo lago, conforme a solicitação
do cliente”, explica o presidente da Associação de Barqueiros de
Babaçulândia, Adelsimon Oliveira.